terça-feira, 20 de agosto de 2013

NÃO SER OMISSO

Amigos,

Semana passada, descendo a Av. Anhanguera a pé, antes do entroncamento com a 24 de Outubro, aqui em Goiânia, me deparo com um Basset sentado na sujeira em uma pracinha abandonada em frente a um casebre imundo.
Me aproximo e o Basset, de cor preta, com uma linda mancha branca no peito começa a latir para mim defendendo o local. HORRORIZADO, vejo escaras provenientes de ferimentos causado por ARRASTAR AS DUAS PATINHAS TRASEIRAS! Vejo também feridas nas virilhas dele sangrando. Não consigo crer que alguém o tenha atropelado e deixado ele para ficar naquele estado. Me dirijo para o casebre abandonado e vejo uma cachorrinha Pincher latindo bravamente para mim. O MAU CHEIRO proveniente de urina e fezes espalhadas pelo chão do casebre me causa náuseas. O cômodo possui uma cama de casal, fogão, uma TV antiga e só. O resto são roupas espalhadas em um arame estendido no interior e um balde imundo.
Noto que a cadelinha está em bom estado.
Volto para o Basset e digo-lhe que naquele momento não posso fazer nada, mas que voltarei amanhã para levá-lo daquela imundícia.






Não durmo à noite. Nem minha esposa. Estamos chocados. O dia amanhece e vou para lá 9:30 h da manhã. A porta do casebre está fechada. Aguardo em uma tapeçaria. Indago pelo morador com o proprietário e ele me diz que é um casal e que logo eles acordarão. 10:30 hs e nada. Peço a ele que me ajude a acordá-lo.
Um jovem de 25 a 30 anos acorda e abre a porta. A "esposa" não está. Digo a ele que estou ali para levar o cãozinho machucado e ele me cede o Basset. Vejo a Pincher na porta e pergunto se não me cede também ela, pois ele não está dando conta de cuidar nem dele, quanto mais dela. Ele fica meio indeciso, disse que foi a mãe quem deu. Ofereço uns 50 reais para ele, que não resolverá sua vida, mas ajudará um pouco. Ele cede imediatamente. Ele me ajuda a levar para o carro os dois.

Vou diretamente ao veterinário de minha confiança para exames.









Ambos fedendo urina e fezes foram para a mesa de exames. Boby estava com retenção de urina. Deixei eles com o veterinário, para exames, chapas do Boby e banho e na parte da tarde eu os peguei. Em casa notei que Boby estava com febre. Possível infecção. Os exames saem no dia seguinte e o veterinário me informa que eles não têm nenhuma enfermidade grave. Foi um alívio, pois estava muito preocupado. Mas Boby está com infecção de urina e infecção braba nas escaras.
Depois foi a vez do veterinário ortopedista. Fiquei feliz quando disse que o problema dele é um mal que ataca os bassets, na coluna. E fico mais feliz quando diz que é Grau III em um universo de V.
Dois caminhos: cirurgia ou confinamento e remédios.
Cirurgia nem pensar num estado desses de infecção. Vacina também não. Confinamento então.
Fadinha a Pincher foi vacinada e vermifugada.
Muitos remédios para Boby. Não pude separar naquela ocasião Fadinha dele pois há um elo de amor entre eles. Posteriormente procuramos uma adoção para ela e conseguimos por intermédio de uma amiga. Graças a Deus. Ao deixa-la com a nova "mãe", foi como um pedaço de nós que ficou por lá. Mas foi o melhor para ela, pois não havia como ficar com ela em um apartamento onde já residem 3 outras cadelinhas, um gato perneta e várias rolinhas resgatadas que são criadas para soltar depois de grandinhas.




Boby está em tratamento intensivo. Sai muito sangue na urina e pus de vez em quando. Haja fralda!
As fezes são colhidas assim que ele faz, no chão mesmo.


A febre já aplacou. Notamos que mexe as patinhas traseiras esticando-as para trás nesses últimos dias. Mas é só por enquanto. Muita oração e despesa. Que Deus o abençoe!
Não está fácil. À noite temos que cobri-lo pois o apartamento é muito frio no inverno. É como uma criança precisando de cuidados especiais.
Orem por nós!

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